O gravíssimo problema dos transtornos alimentares assola o gênero feminino em todos os países ocidentalizados. Por influência da mídia, dos valores vigentes, da sociedade industrializada, os índices crescem brutalmente e mulheres jovens e adolescentes estão morrendo na busca desenfreada do “padrão de beleza” ideal, que se é “ideal” não é real. Estudos diversos apontam em cerca de 20% o índice de mortalidade por anorexia e bulimia! os EUA a anorexia faz mais vítimas em números absolutos do que a AIDS. Das “sobreviventes”, 50 % apresentam seqüelas graves.
Embora mais freqüente entre as mulheres, casos masculinos são atendidos em consultórios, observados em escolas, clubes e empresas.
O tratamento dessas patologias é bastante complexo. Daí a enorme preocupação do profissional de saúde em fazer prevenção, chegar “antes” que o perigoso e contagiante “boca a boca” das pessoas que trocam entre si “informações” de como emagrecer e obter o decantado “corpo perfeito”.
A passagem da informação de forma clara, concisa, transparente à opinião pública, a educadores, pais e aos grupos de risco é fundamental , se quisermos ter alguma chance de diminuirmos as graves conseqüências destas moléstias e colaborarmos para a saúde, bem estar e auto-estima de nossos jovens. Uma das formas em que isso é feito é mediante palestras ilustradas, acompanhadas de plantões de dúvidas, onde o público após debates éter dirimido suas dúvidas gerais, tem acesso a um mini atendimento individual, onde dúvidas pessoais e particulares possam ser esclarecidas.
Venho realizando trabalho preventivo em escolas, clubes, empresas e em agências de modelos, como a Elite e a L’Equipe, onde os índices de transtornos alimentares estão abaixo da população geral, e consideravelmente reduzidos em relação aos números encontrados anos atrás. Sou consultor da Revista Boa Forma e de seu site www.boaforma.com.br , onde respondo às internautas do “Clube da Gordinha”, visando a passagem dessa informação.
A prevenção é mister! Deve ser repetida, enfatizada. Pesquisas mostram o descontentamento da mulher em relação aos padrões impostos. Recentemente tive o prazer de assessorar trabalho brilhante da Unilever – Dove que, em pesquisa mundial, onde 3300 mulheres de 12 paises foram ouvidas, corrobora e acentua esse descontentamento. Porém acentua também a avidez com que a mulher busca os padrões que ela mesma critica.
Prevenção! Na bancada escolar, nos clubes academias, empresas. Informação ! Ou perderemos definitivamente a guerra para esses terríveis males.