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PSICOTERAPIA NA COMPULSÃO ALIMENTAR

 

Nos tratamentos atuais para emagrecer deve haver preocupação com o diagnóstico de um tipo de obesidade caracterizada por alteração compulsiva do comportamento alimentar.

Segundo estudos existentes, a percentagem de pessoas que procuram emagrecimento e que tem compulsão alimentar varia de 25 a 56 %.

 

Obesos compulsivos devem ser tratados diferentemente daqueles que simplesmente “comem demais”. Aqueles que apresentam compulsão alimentar devem ter uma abordagem terapêutica que focalize o comportamento compulsivo prioritariamente ou tornar-se-ão refratários à perda permanente de peso, quaisquer que seja a orientação nutricional.

 

O obeso compulsivo apresenta, em curto prazo, uma perda de peso significativamente maior em uma restrita dieta hipocalórica. Porém, tão logo apareçam os “ataques de comer”, o ganho será exponencialmente maior e mais rápido que aqueles que não tem o problema.

 

Além disso, este tipo de obesidade apresenta associação muito mais elevada com outros problemas psicológicos, como depressão, distimia, transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade, dificuldades sociais e afetivas, baixo controle de impulsos, maior prejuízo da autoestima, acentuada dificuldade para resolução de problemas, tornando-se fundamental o diagnóstico precoce da presença da compulsão.

 

Este tipo de gordo apresenta um início mais precoce da obesidade, maior envolvimento em um sem número de dietas, inúmeros abandonos, grande flutuação de peso durante a vida e um gasto muito maior de tempo em tentativas frustradas de emagrecimento.

 

Qualquer tratamento que foque apenas a perda de peso mediante dieta hipocalórica será fadado ao insucesso. Mais do que isso, a perda de peso deverá ser consequência do controle do comportamento alimentar, que permitirá a reorientação nutricional.

 

A Psicoterapia Comportamental e Cognitiva é utilizada no controle do comportamento alimentar, na identificação dos fatores que precipitam o “ataque de comer”, aos sentimentos relacionados, na dificuldade de resolução de problemas que estes pacientes apresentam, até a aquisição de habilidades sociais que lhes permitam rever relacionamentos, habitualmente pobres, e, especialmente no tratamento dos outros transtornos psicológicos associados e que foram mencionados anteriormente.

 

O diagnóstico precoce, o tratamento adequado do comportamento alimentar, permitirá o controle adequado e possibilitará a consequente aderência ao tratamento médico-nutricional, necessário,  mas não suficiente.