Você diante da vontade de comer

1. MAIS IMPORTANTE QUE O RESULTADO É O PROCESSO, que praticado, levará ao sucesso. FALHAS E ESCORREGÕES DEVERÃO SER VISTAS COMO OPORTUNIDADES PARA APRENDIZADO.

2. IDENTIFIQUE OS PRIMEIROS SINAIS DE PERIGO ANTES QUE SE CONVERTAM EM COMIDA – Através do registro de seu comportamento a pessoa anotará as sensações, situações, pensamentos, se está só ou acompanhada, o dia e a hora em que os sinais aparecem, o que a faz pensar em ir comer. O que sente, o que pensa e o que faz. O SIMPLES FATO DE ANOTAR É A PRIMEIRA FORMA DE ADIAMENTO DA GRATIFICAÇÃO, além de trazer informações importantes e relações entre situações diversas e o comportamento alimentar que a pessoa desconhecia.
3. A primeira descoberta, nem sempre tão óbvia, é que não é a fome o estopim para a comida. Comumente ansiedade, stress, tristeza, preocupação, dificuldades interpessoais, de resolução de problemas, pensamentos desagradáveis, pessimismo, desesperança, baixa auto-estima, preocupação com dietas, ócio, hábitos adquiridos e outros são identificados . Uma primeira pergunta que a pessoa fará a si própria é “É FOME?”

4. INIBIÇÃO DA RESPOSTA AUTOMÁTICA – Identificado o primeiro sinal, a pessoa deverá lembra-se de QUESTIONAR ESSE IMPULSO- Deverá tentar raciocinar DENTRO DO PROCESSO. Explorar os prós e contras de “comer sem fome”. Quais as vantagens de ceder? E os prejuízos?
Que outras coisas poderia fazer, fora comer? Se necessário, valer-se de LEMBRETES COLOCADOS EM LOCAL DE FÁCIL ACESSO.
A finalidade é ir acostumando-se a um retardamento da gratificação, um ganho de tempo que permite o questionamento : “conversar consigo próprio”. Se o “diálogo interno” anterior era “estou ansiosa então vou comer” (embora automatizado), agora deverá ser “estou ansiosa e devo solucionar esta ansiedade de outra maneira e não comendo” .‘Quais as outras possibilidades “?”. Muitas vezes, o simples decurso de tempo faz com que o impulso de comer enfraqueça ou desapareça!

5. GERAR ALTERNATIVAS- “o que eu poderia fazer em lugar de comer ?” deverá ser perguntado a si próprio. O maior número de alternativas possíveis deverão se geradas, sem críticas. A quantidade fará a qualidade e a escolha será efetivada depois. A alternativa deverá ser prazerosa ! É FUNDAMENTAL ! “Eu poderia visitar um amigo, fazer exercícios físicos, ir ao cinema, fazer uma caminhada, mexer com argila , etc”.

6. SELECIONAR AS ALTERNATIVAS- examinar a VIABILIDADE de cada uma. “Meu amigo não estará em casa, mas quem sabe digito um trabalho no computador”. Identificar medos ou inibições que bloqueiam alternativas promissoras. “Porque receio fazer aquilo que sei que deveria fazer ? O que poderia acontecer ?” Quais seriam as consequências ? “Porque não quero caminhar se eu sei que me fará bem ?” Do que estou com medo “? Questionar a resistência em fazê-lo!

COLOCAR EM PRÁTICA A ALTERNATIVA ESCOLHIDA

7. AVALIAR OS RESULTADOS – foi efetivo? Caminhar (ou outra alternativa) tirou-me da comida?

Se a alternativa não foi efetiva, escolher outra , até que se consiga o resultado desejado!
É necessária vontade e paciência. Vamos relembrar : PREOCUPE-SE COM O PROCESSO E NÃO COM O RESULTADO. ESTE VIRÁ NATURALMENTE.

Mas vamos a algumas outras dicas auxiliares : não existem alimentos proibidos mas quando você for comer anote ! “Vou comer um chocolate”. Claro que, se o chocolate é um alimento de risco, você não o terá em casa. Deverá ir compra-lo e apenas uma unidade pequena . Aí já ganhou algum tempo. Depois, ESPERE 15 minutos e coma LENTAMENTE esse chocolate. Saboreie, faça como o fazem os degustadores de vinho. “COMA COM TODOS OS SENTIDOS”.

O método é gradativo, progressivo. A pessoa deve gratificar-se após cada etapa cumprida. Não desanime. O comportamento alimentar errôneo foi adquirido e automatizado ao longo do tempo. Você está modificando uma estrutura vigente há muito tempo e isto requer esforço. Cada deslize deverá ser encarado como uma oportunidade para aprendizagem. Pode parecer algo artificial no começo, mas a pessoa vai automatizando as soluções ! VAI MUDANDO O DIÁLOGO INTERNO, ENQUANTO DENTRO DA TERAPIA, VAI TRABALHANDO E BUSCANDO SOLUÇÕES PARA OS FATORES QUER A LEVAVAM A COMER ERRONEAMENTE. Emagrecer desta forma poderá parecer mais “lento”, porém os resultados serão individuais e sob medida para aquela pessoa e, portanto, MUITO MAIS DURÁVEIS!

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Dr. Marco Tommaso

O Marco Tommaso é um psicólogo e psicoterapeuta que trata pacientes com uma abordagem humanizada, enxergando, antes do diagnóstico, uma pessoa com sonhos, medos, desejos e anseios.

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