Remédio “para emagrecer”

Todas as pessoas que querem ou precisam emagrecer alimentam uma crença básica: “ser emagrecido”. O mito do agente externo que “me emagreça” sem que precise fazer força ou mudanças.

A mágica pode ser um “método oriental” (ou ocidental, porque não?), geralmente desconhecido da ciência, uma dieta “revolucionária” (também desconhecida ), mas recai principalmente nos medicamentos.

Uma “fórmula”, um novo produto, uma alquimia qualquer, que nos leve a perder peso sem fazer força…Que faça o “serviço”para a gente…Alimentamos uma espécie de “pensamento mágico” que precisa ser desfeito.

A medicação tem seu espaço e seu valor no tratamento da obesidade. Porém algumas ressalvas devem ser feitas. Só um médico, especialista e experiente,após examinar o paciente, ouvi-lo atentamente, solicitar exames pertinentes, se for o caso, poderá verificar a necessidade ou não do medicamento. Lembre-se, toda medicação tem efeitos colaterais.

O que serve para um pode não servir para outro! Além das reações previsíveis, existem aquelas individuais, de cada pessoa, que devem ser avaliadas pelo médico, que fará a avaliação custo-benefício dessa substância para essa pessoa.

Por exemplo, um paciente com diabetes terá orientação diferente de uma jovem que deseje perder 3 quilos por finalidade estética. Num obeso com elevados níveis de colesterol, pode ser propício o uso de moderadores de apetite, que seriam desaconselhados para tratamento do sobrepeso. No primeiro caso, permanecer gordo pode ser mais arriscado que os efeitos colaterais do medicamento.

O remédio é COADJUVANTE! Mesmo que necessário, não ´pode substituir a atriz principal : VOCÊ! A finalidade é propiciar melhor condição de aderência a um plano nutricional. Mas é necessário que você participe ATIVAMENTE no sentido de mudar todo seu estilo de vida. Que se engaje num programa nutricional, que inclua atividade física adequada a você e o faça de forma rotineira, que procure ajuda psicológica, se come por ansiedade ou compulsivamente.

Medicamentos para “tirar a fome” são utilizados por tempo limitado. Visam apenas permitir melhor adaptação a um programa nutricional. Não podem ser utilizados pela vida toda nem substituem os outros fatores mencionados anteriormente, muito menos sua participação ativa no processo.

Não são “poções mágicas”. Finalmente, cuidado com a auto medicação. Por melhor intencionada que esteja, a “Dra Amiga” não pode receitar! Nem que tenha sido maravilhoso para ela…

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Dr. Marco Tommaso

O Marco Tommaso é um psicólogo e psicoterapeuta que trata pacientes com uma abordagem humanizada, enxergando, antes do diagnóstico, uma pessoa com sonhos, medos, desejos e anseios.

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