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PSICOLOGIA DO EMAGRECIMENTO: O COMPROMETIMENTO


Atribui-se a Isac Marks, psiquiatra inglês, famosa frase referindo-se ao papel do cliente na psicoterapia: “ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre”. Com isso querendo dizer que o processo psicoterápico implica em participação ativa.

Em se tratando de emagrecimento esse aspecto é ainda mais relevante. Há muitas vezes uma expectativa mágica, por parte do cliente, que a terapia em si o emagrecerá.

A psicoterapia é um processo ativo. Terapeuta e cliente trabalham em parceria, tendo um objetivo comum: o bem estar do cliente. Nem sempre é fácil submeter-se a esse trabalho. Dificuldades deverão ser enfrentadas, resistências, obstáculos. É primordial perseverança, tolerância à frustração.

O cliente típico de emagrecimento passou por diversas experiências frustrantes. Muitas dietas, longo histórico de tentativas de emagrecimento, ansiedade, pressão social, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade e, em muitos casos, compulsão alimentar. Poderá ter tido toda uma vida de situações que evitou devido a seu peso. Além da rejeição social, poderá ter enfrentando a pior delas: a rejeição por si mesmo.

Ao procurar ajuda psicológica, poderá fazê-lo com expectativas mágicas. O terapeuta o fará emagrecer. Conseqüentemente, sua atitude poderá ser passiva e isso levá-lo a se decepcionar.

Então, ao submeter-se à psicoterapia, pense nisso: sua atitude determinará o sucesso de seu tratamento. Isso exige empenho, disponibilidade para enfrentar as condições adversas que o acompanham e modificar comportamentos que o levarão a adotar estilo de vida magro. Psicoterapia não é um processo de resultados imediatos, “para ontem”. Muitas vezes implica em reestruturar toda a personalidade. No caso do emagrecimento objetivo é emagrecer e permanecer magra para o resto da vida. Não é fazer mais uma dieta por algum tempo. Implica em identificar as razões, fora a fome, que levam a pessoa a se exceder na comida. São comportamentos “automáticos”? Forma indireta de gratificação? A comida atua diminuindo a ansiedade e a depressão? Existem outros problemas emocionais associados? Causa ou efeito? No fundo, a pessoa quer mesmo emagrecer? Será que tem algum benefício inconsciente permanecendo gorda? A comida é um prazer que está no lugar de outros? A auto-imagem, como está? Quase sempre para mudar e manter o novo peso precisamos mudar a nossa imagem corporal, tanto mais debilitada quanto mais antigo for o histórico de obesidade/sobrepeso. Há a necessidade de promover a re socialização do ex gordo. E a manutenção? O novo magro não é magro! ESTÁ MAGRO se e enquanto se mantiver psicológica e nutricional mente magro!

Marks tem razão! Ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre! Mas, vale a pena!

Dr. Marco Antonio De Tommaso
– Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
– Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
– Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
– Consultor da Unilever – Dove na Campanha pela Real Beleza
– Colunista da revista Boa Forma “Divã”

–  Colunista do site www.giselebundchen.com.br

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