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EXCESSO NA COMPULSÃO ALIMENTAR

Eventualmente, todos comemos demais. Algumas formas de excesso em diversas circunstâncias são comuns. Uma sobremesa a mais, um pãozinho após o jantar não são tão infrequentes assim. Porém, para o comedor compulsivo, o excesso é bem diferente. O consumo rápido de grande quantidade de alimento num período curto de tempo,   ( ou uma quantidade maior do que o habitual para esta pessoa) durante o qual sente-se sem controle apresenta variações individuais, quanto ao conteúdo , padrão e a duração do episódio.

Alguns comem qualquer coisa que encontram pela frente, outras pequenas quantidades de muitos tipos de alimentos, alguns comem diretamente das embalagens ou do freezer, outros  elaboram cuidadosamente as refeições chegando a preparar mais alimento enquanto ingerem o que já está pronto e alguns apresentam ingesta pouco superior ao  habitual, mas com a sensação de falta de controle.

Quanto ao teor calórico também há enorme variação de cerca de 1000 até 20 000 calorias, por exemplo.

Essa variabilidade faz com que a noção de ‘excesso alimentar” ou ataque de comer na compulsão alimentar atenda a dois critérios:

 

1 – Sensação de falta de controle – a pessoa acha-se incapaz de controlar o que e o quanto come.

2 – Acredita que a quantidade de comida que ingere é excessiva, mesmo quando o excesso é menor do que outra pessoa poderia esperar.

 

Alguns não conseguem parar de pensar no que irão comer no próximo excesso, outros fazem todo o tipo de “plano”  para evitar o próximo ataque de comer e acabam cometendo-o da mesma forma. Num ataque de comer uma pessoa pode comer 2,5 kg de comida e parar por exaustão, porque está cansada , porque está empanturrada e dolorida ou pela chegada de uma pessoa. Outros, por apenas experimentarem um alimento “proibido” desencadeiam todo o processo.

 

O tipo de alimento também é variável. De caixas de bom-bom, até enormes pedaços de queijo, pães engolidos com ou sem algum recheio, potes de sorvete, milk-shaques. Algumas pesquisas sugerem que , embora haja predominância de carboidratos e gorduras, a proporção de nutrientes não são diferentes de uma ingesta normal da pessoa, apenas havendo excesso de tudo. Inclusive há casos de vegetarianos que se excedem em vegetais, quando tem o ataque de comer, bem como de pessoas que ingerem, casos extremos, restos de lata de lixo.

 

As sensações subjetivas habitualmente são descritas como “raiva de sí mesmo”, desapontamento, sensação de impotência e de insuficiência que reforçam a baixa auto-estima que aumentam a ansiedade, que levam de novo à comida. À medida em que os excessos alimentares se incorporam na vida da pessoa ela desenvolve rituais alimentares em função dos mesmos , às vezes isolando-se socialmente, devotando um tempo  pronunciado aos mesmos ou ao planejamento dos mesmos, com risco pronunciado nos casos mais graves de isolamento completo, sobrando tempo apenas para trabalhar e estudar.

 

Segundo os comedores compulsivos, os fatores que desencadeiam os ataques de comer tem uma ampla variedade que podem ser assim resumidos : FATORES EMOCIONAIS E DIETAS CRÔNICAS.

 

Fatores emocionais : stress (positivo ou negativo), tensão, ansiedade, insônia, resposta a sentimentos de ineficácia, ócio, incapacidade de expressão adequada de sentimentos e emoções, baixa assertividade, desejo de serem magras, dificuldades interpessoais e afetivas, ocorrência de pequenas contrariedades ou frustrações no dia a dia que acham que não conseguirão suportar, sensação de rejeição ou desconforto, culpa após provarem algum alimento que acham que seria engordativo (um brigadeiro leva a caixas de bombom) , além de depressão (alta correlação) , transtornos de ansiedade e toda uma vasta gama não mencionada de respostas inadequadas ao stress.

 

Privação Alimentar ou dieta crônica – um número crescente de pessoas comem compulsivamente porque , para atenderem aos padrões restritos de beleza, muitas vezes inalcançáveis para o seu biotipo, submetem-se a dietas irreais e muito restritivas, desenvolvendo uma espécie de “fome crônica” ou sub-liminar, detonada muito mais facilmente por quaisquer um dos estímulos mencionados no item anterior.

 

 

Dr. Marco Antonio De Tommaso
–  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
–  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
–  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
–  Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010

–  Tratamento da ansiedade e da compulsão alimentar

–  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
–  Assessoria psicológica para modelos e agências

–  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br (Em reformulação)
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