A alimentação “ideal” deve respeitar o binômio fome- saciedade. Deve conter os nutrientes necessários e ser individualizada ao paladar e às necessidades de cada pessoa. Esse paladar sofre influências da cultura, da experiência familiar, da sociedade. Idealmente, a quantidade deveria ser tal que a pessoa não engorde nem emagreça.
Nos animais, o mecanismo “fome- saciedade” regula essa quantidade. A idade, atividade, a temperatura, entre outros, interferem nesse quantum.
Para os seres humanos a comida não é só nutrição. É amor, afeto, carinho, celebração. Mas, pode estar contaminada por ansiedade, depressão, stress, tristeza, por busca de reequilíbrio emocional.
Psicologicamente a pessoa candidata a esse comer ideal deve estar livre de pensamentos perturbadores, de sentimentos de culpa por ter comido isso ou aquilo ou de mecanismos tipo tudo ou nada. A “cabeça magra” se permite comer um bom bom sem devorar a caixa toda. Comer um pedaço de bolo sem se sentir culpada. Diz “não” quando não tem vontade. Se se exceder não morre de remorso e não faz jejum para compensar. Ignora a “Lei do Jaque”…Já que eu comi um chocolate…O famoso perdido por um…A mente magra está livre de dietas ou regimes. O mecanismo fome saciedade é eficiente e Automático.
Na compulsão alimentar esses fatores dissonantes estão presentes. O compulsivo não come só por fome e até atenuar essa fome…Come por ansiedade e por emoções que ele próprio não identifica mas que o levam ao atol e que, em curtíssimo prazo, aliviam a tensão. Confundem outras emoções com fome. A esse estado de confusão e analfabetismo emocional damos o pavoroso nome de ALEXITIMIA…Mas, deixa pra lá… Dizer ao compulsivo “coma um pouco de tudo” é dar uma lata de cerveja a um alcoólatra. Ele precisa de referencias, de quantidade e de qualidade, por que simplesmente não as tem.
Psicologicamente precisa identificar as emoções que a levam ao prato e TRATÁ-LAS. Resignificar essas emoções.
No projeto de emagrecimento o peso mudará antes que a cabeça. Mas, se a pessoa emagrecer e a cabeça continuar “gorda”…
O comer intuitivo é um objetivo final a ser conquistado, não é o ponto de partida.
Poderíamos resumir assim: “Já que eu não posso comer o quanto eu gostaria eu devo ser trabalhado nutricional e PSICOLOGICAMENTE para comer o que eu gosto, de forma parcimoniosa”.
Dr. Marco Antonio De Tommaso
– Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
– Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
– Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
– Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010
– Tratamento da ansiedade e da compulsão alimentar
– Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
– Assessoria psicológica para modelos e agências
– Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br (Em reformulação)
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