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Psicologia para não especialistas – fobia social

Mais intensa que a timidez comum, a FOBIA SOCIAL causa prejuízos de ordem pessoal, profissional, acadêmica, sexual e outros, restringindo a qualidade de vida da pessoa. É conhecida também como ansiedade social.

È caracterizada pelo medo ou ansiedade que leva a pessoa evitar situações sociais em que possa ser observada, avaliada pelas outras pessoas ou colocadas em situações humilhantes ou embaraçosas. De Ter de realizar algum tipo de desempenho diante delas e não conseguir, de fazer uma pergunta ou iniciar uma conversa, de flertar ou paquerar alguém. Evita relacionar-se com outras pessoas e teme ser inadequado ou passar vergonha. Sente que todos a observam e preocupa-se “com o que os outros possam pensar”, ou que a considerem “estúpida”, “ridícula”. Em suma , o MEDO DA REJEIÇÃO.

As situações sociais mais comuns são falar em público, escrever, desenhar, comer ou beber diante de outras pessoas, falar ao telefone, ir a festas reuniões, onde teme dizer bobagens ou ser incapaz de responder perguntas, de não Ter assunto ou de interagir com o sexo oposto.
Para fugir da ansiedade, a pessoa evita as situações sociais. Raramente as enfrentam ou o fazem com grande esforço. Sofrem por antecipação muito tempo antes de um evento social. O medo , a vergonha chegam a ser tão intensos que muitas dessas pessoas abandonam empregos, escola, abrem mão da vida amorosa e vivem isoladas. A diferença da “timidez comum” é justamente o enorme prejuízo que causa à pessoa como um todo.

É o terceiro transtorno mental mais freqüente, perdendo apenas para a depressão e o alcoolismo. 13,3% da população norte americana tem ou terá fobia social. Habitualmente começa na adolescência, embora alguns casos possam ter início na infância.
A Fobia Social freqüentemente se sobrepõe com outras patologias, como depressão (50%). pânico, ansiedade generalizada e outras. Pode vir acompanhada do abuso de álcool, drogas e medicamentos (20-30% dos casos) freqüentemente utilizados para “dar coragem” para a pessoa enfrentar as situações, como no caso das pessoas que precisam beber ou tomar tranqüilizantes para enfrentar uma situação social, como um encontro, por exemplo.

Fobia Social não tratada piora progressivamente . Os prejuízos sociais, pessoais, profissionais, acadêmicos, afetivos podem ser de tal monta que pode levar uma pessoa ao total isolamento. 14% dos fóbico sociais tentam o suicídio.
Pesquisas controladas vem demonstrando a eficácia da Psicoterapia Comportamental e Cognitiva no tratamento da fobia social. O que ocorre é que muitas pessoas não sabem disso e imaginam-se reféns de um inimigo que pode ser vencido.
Marco Antonio De Tommaso
– Psicólogo Clínico pela Universidade de São Paulo
– Atuou como Psicólogo do Amb de Ansiedade do HCUSP
– Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
– Psicólogo das Agências Elite e L’Equipe de Modelos