A reação de stress consiste numa série de alterações físicas e psíquicas que o organismo promove, diante de tensão, pressão, mudanças, situações novas, adaptações ou situações avaliadas como ameaçadoras, diante das quais o cérebro ativa,independentemente da vontade, o sistema de luta e fuga, como nossos ancestrais diante de predadores e outros perigos.Passada a ameaça o organismo deveria retornar ao normal e o stress teria cumprido sua função: preservar a vida.
Um executivo convive com pressões de todos os tipos, ambientais e pessoais.Exigências de competitividade, produtividade, relacionamentos, planos econômicos, conjuntura política, medo do futuro, auditorias e tantos outros, que não são resolvidas por luta e fuga, ou seja, adrenalina elevada, mantendo-o em estado de alerta.
Piorando as coisas, pela natureza do cargo que ocupam, escasseiam os mecanismos anti-stress (exercício físico, comunicação afetiva, suporte social, relaxamento, disciplina alimentar, etc).Tornam-se pessoas com intensa motivação para atingir metas muitas vezes pouco definidas, trabalham pressionados e pressionando, se envolvem em muitas atividades simultaneamente, atuam de forma altamente competitiva, em premência de tempo, são possuidores de personalidades agressivas e irritáveis. Formalizam a conduta, desenvolvendo a “ síndrome da imagem a zelar”, entendendo por isso o bloqueio das emoções. Cresce o trabalho, cresce a empresa, sucumbe o indivíduo.
Ao longo do tempo este estado de desequilíbrio provocado pela reação de stress pode provocar ou acentuar sintomas ansiosos e depressivos, que por sua vez agravarão ainda mais o estado de stress.Não nos esqueçamos que a ansiedade é uma reação diante de um perigo imaginário e desproporcional à ameaça real.
As razões que levam à reação de stress são muitas, mas seu desencadeamento é determinado por razões subjetivas e individuais, justamente pela avaliação do grau de ameaça sentido na situação, ou seja, pela ansiedade.
Profissionais não ansiosos submetidos a stress de alta intensidade ou a repetidas situações de stress moderado se tornam ansiosos. Se já forem ansiosos…A ansiedade aumenta o grau de ameaça da situação que, por sua vez aumenta o stress, em círculos viciosos.
As conseqüências são inúmeras e variáveis para cada um, dependendo da vulnerabilidade individual. 60% dos executivos apresentam alguma patologia decorrente do stress, com incidência crescente ano a ano.
Alguns estudos clássicos mostram que estes profissionais apresentam cerca de quatro vezes mais chance de enfarte, doenças cardiovasculares e hipertensão. Outro estudo acompanhou 118 advogados durante vinte e cinco anos constatou que os mais hostis e os que não compartilhavam emoções tinham cinco vezes mais chance de morrerem antes dos 50 anos. Num terceiro estudo 400 voluntários submeteram-se a escalas de stress e foram colocados em contato com um vírus de gripe. Aqueles com elevados níveis de stress apresentaram todos os sintomas e demoraram mais para se recuperarem. Os de escore moderado apresentaram poucos sintomas e aquele com níveis normais passaram imunes. O sistema imunológico foi afetado pela carga de stress. Há, inclusive, estudos relacionando o aparecimento de algumas formas de câncer com elevados níveis de stress, que seriam um dos fatores desencadeantes.E mais, depressão, pânico, ansiedade, fobias, obesidade, abuso de álcool e drogas, tabagismo, anorexia e bulimia, diabetes, enfarte, derrame, hipertensão, problemas de pele e cabelo, insônia, impotência, ausência ou irregularidade menstruais, ulceras, dores na coluna, cefaléia, podem ser conseqüentes ao stress.
Hoje todas as profissões são de alto desempenho.PENSE NISSO! Você trabalha no “milésimo de segundo” de diferença, como na Fórmula 1 ou num esporte olímpico.Se as emoções não estiverem na mão.