O ser humano convive com desafios desde os primórdios. A superação de barreiras , a adaptação a situações novas, a aquisição de novas habilidades, permite a efetivação de mudanças que o levam a progredir.
Stress não é doença. É uma alteração do organismo para fazer frente a mudanças e seu objetivo é a preservação da vida. Diante de um perigo somos programados, independentemente de nossa vontade, para lutar ou fugir e isso ocorre através da reação de stress, uma descarga de adrenalina no sangue, que altera momentaneamente o equilíbrio do organismo gerando força e energia para enfrentarmos a situação, como o faziam nossos ancestrais diante de um predador.
Na vida moderna a maioria das situações de stress não é do tipo luta e fuga. Por exemplo, uma fiscalização, auditoria , multa , mudança profissional ou qualquer outro tipo de mudança provoca o mesmo tipo de reação do homem das cavernas diante do perigo. Há enorme liberação de energia e força, que não será utilizada, sendo perdida circulando pelo organismo. Se a pessoa não dispõe ou desenvolve meios de reconhecer e enfrentar, “por para fora” essa energia , poderá, no decorrer do tempo, desenvolver graves doenças físicas e/ou psicológicas.
Mudanças, adaptações a situações novas, relacionamentos, desafios profissionais, emergências, são os estressores externos, que variam para cada um. O que estressa A pode não estressar B. Nossas crenças, valores, emoções, maneira de pensar e agir, a avaliação que fazemos do perigo real de uma situação, constituem os estressores internos. Se a reação é proporcional ao grau de ameaça REAL da situação, o stress é útil e leva à proteção do indivíduo como um todo.
A vulnerabilidade ao stress, o quanto somos sensíveis a ele, dependerá de nossa capacidade de adaptação, competência emocional para lidar com estressores e que pode ser grandemente alterada por nossas condições psicológicas, por nossos problemas, ansiedade, baixa auto-estima, sentimento de incapacidade , etc.
A primeira fase do stress é a de ALARME, onde o organismo entra em prontidão para enfrentar o perigo, e deverá voltar ao normal tão logo cesse a ameaça, o que muitas vezes não ocorre. O prolongamento da reação de stress, seja por dificuldade de enfrentá-la ou pela repetição das situações, leva à fase de RESISTÊNCIA. O organismo tenta recuperar o equilíbrio após a fase de alerta dispendendo muita energia. Surgem sinais de cansaço, dúvidas, falhas de memória e outros. Se a situação se prolonga poderá sobrevir a perigosa FASE DE EXAUSTÃO. Os sinais da primeira fase aparecem agravados e o organismo capitula, SURGINDO AS DOENÇAS.
O organismo envia sinais que habitualmente ignoramos.Irritabilidade, fadiga fácil, desânimo, dores musculares, ranger de dentes, mãos suadas e frias, insônia, , alteração do ritmo cardíaco, estado permanente de “sobreaviso”, dor de estômago… CUIDADO! Você pode estar na fase de alerta. Seu organismo está lhe dizendo. Mas como há produção de adrenalina, você pode sentir-se produtivo e provavelmente irá ignorar os avisos do organismo. Aí começa a esquecer coisas, desgastar-se sem motivo, alternar raiva com apatia, fadiga constante. Aqui você está na fase de resistência. Poderá contrair herpes simples e outras doenças. Seu sistema imunológico declinou. Podem surgir dificuldades sexuais e alterações do ciclo menstrual.
Se você ignorou estes sinais as coisas pioram. Seu corpo vai dar um grito de SOCORRO através de uma doença. Gastrite, hipertensão, problemas de pele, ausência de concentração, não consegue estudar nem trabalhar… Sexo? Nem pensar!
CUIDADO! A RETA FINAL DO STRESS É A MORTE! A FALÊNCIA TOTAL DO ORGANISMO!