A psicologia não “substitui” qualquer outra face do tratamento. Mas a complementa e sem ela, muitas vezes o restante se torna inviável.
- A obesidade é doença crônica e variada. Não existe “obesidade única”, mas “obesidades”.
- Na maior parte dos casos o histórico é longo. A pessoa já fez inúmeras dietas, perdeu e ganhou peso, isso quando conseguiu emagrecer.
- A ansiedade e outras emoções podem estar presentes como “causa” da alimentação excessiva ou como efeito da própria obesidade.
- O gordo sofre discriminação social, o que prejudica sua vida pessoal, afetiva, profissional, enfim, seu funcionamento como pessoa. Como conseqüência, há o afastamento da vida social ou a criação de personagens, como estratégia de sobrevivência: a amiga legal, a gordinha simpática, a confidente e outras.
- Quanto mais antigo o histórico de excesso de peso, maior a chance de comprometimento da imagem corporal, a forma pela qual a pessoa se vê acompanhada das emoções e sentimentos em relação e das reações a essa percepção.
- A compulsão alimentar está presente em 25 e 56 % dos casos de obesidade/sobrepeso e se não for tratada inviabiliza qualquer projeto de emagrecimento.
- O estilo de vida, de pensamento, valores, devem ser mudados para o resto da vida. O emagrecimento começa pela cabeça. Ou pode terminar nela…
- O gordo pode ter ganhos secundários por permanecer gordo e habitualmente não ter consciência disso. E, se houver um conflito entre a vontade consciente e a resistência inconsciente, vence o inconsciente.
- Ele será magro SE e ENQUANTO permanecer em tratamento. A perseverança, a tolerância à frustração, a descoberta de novos prazeres deverão ser incentivados.
- Emagrecer e PERMANECER MAGRO é muito mais que fazer mais uma dieta por algum tempo para perder algum peso. Envolve a redescoberta da pessoa, o resgate de sua autoestima.