A percepção adequada e realista da própria beleza depende mais da auto-estima que da beleza física. Depende da construção de uma referência própria de beleza baseada na individualidade, nos diferenciais de cada um, na identidade estética. Tal percepção é (deve ser) independente dos “padrões” de beleza.
Essa referência interna permitirá um filtro de realidade que levará a pessoa a submeter mensagens e apelos estéticos vindo de fora à própria avaliação crítica levando-a a refletir se “é bom para ela” e não para os outros, se tem a ver com ela.
Habitualmente a necessidade de perfeição reflete sentimentos compensatórios de inferioridade e insegurança. Almejar a perfeição é estar a um passo da frustração. Quanto maior esse anseio menor a auto-estima.
Pessoas com baixa auto-estima são inseguras a respeito de si mesmas. Só conseguem gostar de si quando os outros as admiram. Almejam a unanimidade na aceitação, o que é inviável. Procuram estar “no padrão” como forma de inclusão social e aceitação, correspondendo, assim, aos “que os outros esperam dela”, ou ao que acha que os outros esperam. Baseiam-se na beleza dos outros e não na própria.
O desenvolvimento desse referencial interno, pessoal, é fundamental para a saúde e qualidade de vida.
É aceitar o próprio corpo com as imperfeições que não se pode (ou não se quer) modificar e valorizar aquilo que é passível de alteração. NÂO HÁ BELEZA “PERFEITA”.