Uma agência de modelos reúne o que há de mais fascinante, atual e encantador quando se fala em beleza feminina. Meninas e mulheres de todos os tipos, tendo em comum beleza deslumbrantes. São escolhidas a dedo e produzidas por equipes altamente especializadas.
No imaginário popular são perfeitas, absolutamente felizes, realizadas. Têm o mundo a seus pés, os homens que quiserem e faturam milhões de dólares. Sua beleza é inatingível! Se acharmos que uma modelo TOP não é bonita, algo deve estar errado conosco…Não com elas… Parece uma “obrigação”, uma reverência para as não modelos como a tecnologia da fórmula 1 para os carros convencionais.
Mas…Será que essa plenitude de beleza, felicidade, autoconfiança tem base na realidade?
Evidentemente, modelos se constituem num tipo especial de beleza. Mas…poderiam ser “padrão”? Se entendermos padrão como norma e norma como um atributo (seja qual for) que 50 % das pessoas detenham, 25% acima e 25% abaixo de um valor intermediário (média ou mediana), seriam elas “normais”? Ser modelo é uma condição de exceção e não regra geral. Como disse Nancy Etcoff “uma aberração genética”. Muito pouca gente tem o biotipo natural de modelo. !% da humanidade? 2% ? Uma mulher longilínea, que tenha IMC abaixo de 19 e que não seja mais magra que uma “magra normal”. Sim, modelos têm em média 18 a 20% de gordura no corpo. Não são mais magras que as demais magras, mas sua estrutura física é diferente! São fitas geneticamente desta forma!
A beleza existe sim fora das agências! Mulheres lindíssimas, de todas as idades, de todas as raças não são modelos! Ser modelo é uma forma específica de beleza, de deslumbrante beleza, mas não é a única forma de beleza.
O que a mulher “convencional” pode importar da “fórmula 1” da beleza? Em primeiro lugar uma apreciação realista: modelos também se questionam quanto à própria beleza. São causa e efeito do tal padrão ditatorial. Preocupam-se em percentagens superiores às não modelos. Modelos são trabalhadas psicologicamente para desenvolverem mais e mais auto-estima, autoconfiança, para se aceitarem incondicionalmente, para abandonarem o perfeccionismo. São trabalhadas quanto aos diferenciais de cada uma, a desenvolverem aquilo que as torna única, a investirem na sua singularidade. São estimuladas a respeitarem seus limites, a cuidarem de sua saúde física e mental, a investirem em qualidade de vida, a desenvolverem outras potencialidades que as façam crescer como seres humanos que são, antes de serem modelos. A serem felizes enquanto pessoas.