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Modelo (manequim) subnutrida não desfila!

O governo espanhol determinou que modelos com IMC (Índice de massa corporal) abaixo de 18 não desfilarão mais na Espanha!

É a primeira medida oficial visando a prevenção de transtornos alimentares ocorrida em todo o mundo.

O exemplo deveria ser seguido por outros paises, inclusive o Brasil, já que a incidência de transtornos alimentares aumenta de forma alarmante aonde chegam os valores ocidentais.

A área de saúde, sozinha, não tem força para atuar eficientemente em prevenção. Haja visto que no ano 2000 a Associação Médica Britânica reuniu estilistas, editores de revistas de moda, publicitários, alertando acerca da gravidade do problema. Resultado? NULO! Imagens de mulheres magérrimas continuaram circulando pela mídia e pelas passarelas, prejudicando as próprias protagonistas e as meninas que elas influenciam.

Nestes anos todos trabalhando com modelos (entrevistei mais de 2000 modelos e manequins) constatei que muitas delas têm imensa dificuldade de atingir o tal “padrão” exigido ditatorialmente pela moda. Pessoas que nada conhecem de biologia, psicologia, medicina, nutrição, impõe um tipo de tipo físico que acham, em sua arrogância, que define uma forma de beleza assexuada, esquecendo que os sinais de atratividade feminina, biologicamente determinados, estão a serviço da reprodução. Ser bela, biologicamente falando, é ser sexualmente atraente. Simetria, curvas, lábios carnudos, relação cintura quadril para citar alguns. A modelo comercial, esta sim, preenche os atributos de beleza. Desnecessário dizer que são desprezadas pela moda, como se pertencessem a uma categoria inferior… A manequim, emagrecida de maneira esquálida pela arbitrariedade de pessoas, transformada em ser assexuado, corre risco de vida se seu emagrecimento for levado a extremos, como querem os papas da moda, que não tem nenhum escrúpulo em separar o que chamam de beleza do conceito de saúde. Muitas vezes mutilam a saúde de jovens que tentam ganhar honestamente pelo seu ganha pão.

Somente medidas governamentais e campanhas de grandes empresas como a “campanha pela real beleza” da Unilever – Dove poderão a médio – longo prazo, alterar o quadro vigente.

Se o meio da moda atua ditatorialmente, como um mundo à parte da realidade, acima do bem e do mal, há de intervir em nome da saúde, de maneira ativa, limitando sua arbitrariedade.

Parabéns às autoridades espanholas!