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FUNÇÕES DA OBESIDADE: BLOQUEIOS AO EMAGRECIMENTO

 

A obesidade tem causas múltiplas, variáveis de pessoa para pessoa. Alguns casos apresentam uma resistência inconsciente a seus objetivos. Como se o excesso de gordura tivesse uma “função” em sua vida. Essas pessoas querem e não querem emagrecer ao mesmo tempo. Conscientemente se empenham, mas apresentam conflitos com aspectos menos claros de sua personalidade. Têm um ganho secundário que põe por terra seus esforços, por, mais honestos e competentes que sejam.

 

 

Exemplos:

 

  • TIMIDEZ (ou FOBIA SOCIAL): A pessoa pode usar a “desculpa de ser gorda” para evitar as situações que teme (freqüentar reuniões sociais expor-se ao escrutínio alheio, fazer um novo curso, etc.). Na realidade, se emagrecer perde um escudo que a defende das situações temidas.
  • MEDO DE SER FELIZ: Existem pessoas que a simples menção da felicidade evoca ansiedade. Parecem ser imerecedouras da felicidade. O medo de ser feliz pode fazer com que ponham por terra objetiva os quais, conscientemente, se dispõe a alcançar. O medo de ser feliz é uma das variantes ou conseqüências da baixa autoestima, presente em todos os casos aqui abordados. Existem pessoas que perguntam a si mesmas e aos profissionais que a atendem “e se não der certo?”. Eu, habitualmente devolvo a pergunta: “e se der certo?” Estaria a pessoa “disposta” a encarar o sucesso?
  • ESCUDO CONTRA EMOÇÕES NEGATIVAS:  Estabelecemos uma fortíssima associação entre as nossas emoções e a comida, antes de nos darmos conta disso. Sentimos muito antes de pensar. O bebê tem na comida um “lenitivo” para uma série de sensações internas desagradáveis. A criança chora ? Damos comida! Pode ser fome, mas pode não ser… Mas o primeiro consolo é “alimentar”. A comida se constitui num “primeiro ansiolítico ou antidepressivo”. Mais tarde, na vida adulta, se não desenvolvermos outras estratégias para lidar com essas emoções, poderemos voltar àquelas que “deram certo” algum dia… Com sérios prejuízos, claro…Mas comer, a curtíssimo prazo, alivia a tensão, a ansiedade.
  • “ANTI-STRESS”: As pressões da vida moderna, a necessidade de mudança, a obsoletização em ritmo alucinante das soluções de ontem, a necessidade continua de mais e mais transformações, a quantidade absurda de informações com que temos que lidar no nosso dia a dia nos torna particularmente propensos ao stress. Se ainda juntarmos lentes pessoais distorcidas em nossa forma de avaliar a realidade, tenderemos a, além do stress inevitável da vida moderna, a termos nossa “produção independente de stress”. Uma das formas (errôneas) de lidar com o stress é comer…Abrir mão de um poderoso redutor de stress sem ter outro, abrir mão de um redutor que entra em ação automaticamente tão logo nossa mente avalie uma situação como estressante nos fazendo comer antes da sensação desagradável chegar à consciência é bastante difícil…Especialmente se não nos conhecermos o suficiente para descobrir o mecanismo.
  • DEFESA CONTRA A PRÓPRIA SENSUALIDADE”. Existem pessoas que temem a própria sensualidade. Temem a sedução, a sensação de falta de controle em relação aos próprios impulsos. Podem engordar para constituir uma barreira “enfeiando-se” saindo de cena. Aqui poderíamos colocar aquela mulher que teme vir a ser infiel em seu matrimônio (namoro) e que, temendo a própria capacidade de sedução, engorda “preventivamente”.
  • “PROTESTO CONJUGAL” – Não é incomum na clínica verificarmos que algumas mulheres protestam silenciosamente contra um marido por elas avaliado como infiel, dominante, possessivo e exteriorizam suas mágoas conjugais engordando e, em se tornando pouco atraentes, defenderem-se de sua aproximação.
  • CONSEQÜÊNCIAS DE AMORES OBSESSIVOS: existem pessoas que se envolvem em paixões absolutamente inviáveis, destrutivas, entrando em crescente ansiedade na medida em que a relação progride. Ciúmes doentios, necessidade de posse, agressividade, retaliação, sensação perene de rejeição são as tônicas destes perigosos relacionamentos. Muitas vezes a conseqüência, entre outras, pode ser excesso de comida e de bebida.
  • BAIXA ASSERTIVIDADE: são as pessoas que “engolem” as emoções em seus relacionamentos interpessoais. Não colocam limites, não dizem “não”, são muito concessivas mesmo em situações que não gostariam de ser.

Como vemos os quadros relatados não serão “curados” com dieta e remédio! O tratamento aqui é psicológico. Lembre-se: quando um fator destes for determinante levando de uma maneira ou outra a pessoa a engordar e permanecer gorda, resistindo aos diversos tratamentos, a psicoterapia deverá ser adicionada. Se ansiedade a mantem gorda, deverá ser tratada, se quiser emagrecer.

 

Dr. Marco Antonio De Tommaso
–  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
–  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
–  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
–  Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010

–  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
–  Assessoria psicológica para modelos e agências

–  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br

 
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