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Criatividade, intuição, autoestima

No mundo moderno é essencial o uso da criatividade e da intuição. Novas maneiras de resolver novos e velhos problemas, visões não convencionais de situações diversas, antecipação de soluções, releitura da realidade, de sentimentos ou percepções de maneira inusual.

O artista, o executivo, o publicitário, O SER HUMANO, somente sobreviverá SE UTILIZAR A INTUIÇÃO E SE FOR CRIATIVO.

Mas como, simplificadamente, poderíamos compreender esses mecanismos?

Comparemos nosso cérebro com dois computadores interligados. Um, o racional, extremamente preciso, que analisa todas as variáveis e possibilidades diante de uma situação problema. Este computador, de grande capacidade lógica, é um tanto lento para determinadas situações. No processo evolutivo, “compreender” um predador poderia significar a morte. De outra maneira, era necessário “agir antes de pensar”. Na vida moderna, adiar uma decisão empresarial até estar de posse de todas as variáveis pode significar, em muitos casos, perder para o concorrente.

Aí entra em ação o “outro computador”. Muito mais rápido e ágil, embora menos preciso: o das emoções. Diante de uma situação de perigo faz rápida varredura, fora do campo da consciência, e se em sua memória encontra algo que sugira perigo, antecipa a ação ao pensamento.”Pula na frente” do lado lógico ainda que sujeito a erro. Estudos com executivos mostram que acertaram na enorme maioria das decisões tomadas intuitivamente. O mesmo se verifica em enxadristas em partidas simultâneas (com muitos oponentes ao mesmo tempo) em que, por regulamento, tem apenas seis segundos para “raciocinar” em cada tabuleiro.

A intuição e a criatividade nascem da emoção, do confronto com experiências anteriores, da liberdade interior de avaliarmos e recriarmos a realidade ou, de outra maneira, da autoconfiança de expressarmos a tradução de nossa visão. Na intuição cortamos caminho para a ação e na criatividade bolamos caminhos não convencionais.

     O homem de negócios decide, muitas vezes, intuitivamente. Diante do problema a solução “vem”. Ele “sente” o momento e a ação é imediata. Claro que há a experiência anterior, mas nem sempre há tempo para levar em conta todas as variáveis. Sentiu o “cheiro da vitória” e acreditou em si mesmo.Teve a convicção íntima de vencer, assumiu a possibilidade do erro e…Acertou, na maior parte das vezes.

O músico, o artista plástico, atores e atrizes, fazem uma releitura emocional da realidade, dos sentimentos, da fantasia. A expressão artística passa o conceito do belo e TAMBÉM A EMOÇÃO!

     Todos têm intuição e criatividade. Mas alguns simplesmente não acreditam nelas, não confiam em si próprios. É como se dissessem a si mesmos: “se é meu, como pode ser bom?” A criança que não arrisca responder à pergunta coletiva feita pelo professor por acreditar-se “errada”, o musico que “censura” a própria obra ou o profissional que rasga a própria tese às vésperas da apresentação, tem como elemento comum a baixa autoconfiança, poderoso ingrediente da auto-estima. Quanto mais pessoal, quanto mais íntimo e menos tangível, quanto mais subjetivo e, portanto, genuinamente seu… Pior! Ah se fosse algo matematizavel… Ele poderia “provar” sua assertiva…A lógica cartesiana o pouparia da exposição emocional, do risco do erro, da eminência de ser rechaçado.

A autoconfiança provém das avaliações a que fomos submetidos durante o processo de educação. Avaliações negativas repetidas acabam sendo interiorizadas sob a forma de regras internas de comportamento e passam reger automaticamente a conduta. Essas regras, muitas vezes não são mutáveis por mera persuasão, sendo necessário trabalho psicológico sem o qual a problema se perpetuará.