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Anorexia alcoólica: drunkrexia

A associação do alcoolismo com os transtornos alimentares é cada vez mais comum. Estudos mostram que 30% das mulheres com dependência de álcool têm algum tipo de problema alimentar.

A drunkorexia ou anorexia alcoólica ainda não está classificada nos manuais de transtornos psicopatológicos. O termo foi criado nos Estados Unidos para indicar a troca das calorias da comida pelas do álcool.

Ocorre preferencialmente em mulheres entre os 20 e os 40 anos. A característica principal é a restrição calórica dos alimentos em função da bebida alcoólica, visando o corpo magro sem restrição do álcool. Essas pessoas tem medo mórbido de engordar, fazem dietas rígidas, mas apresentam ingestão de grande quantidade de álcool. Algumas alegam que o álcool reduz a fome. Outras bebem em jejum para sentirem os efeitos do álcool mais rapidamente. Mas, a razão principal é a economia das calorias da comida em função do álcool, visando a manutenção do corpo magro.

Muitas dessas mulheres apresentam o “binge drinking”, ingerindo grandes quantidades de bebida em curto período de tempo, podendo ou não provocar o vomito a fim de beberem novamente ou de evitar a ingestão das calorias por medo de engordar.

Segundo a OMS 10 a 12 % das pessoas apresentam alcoolismo que, por sua vez, é associado à ansiedade, depressão, anorexia e bulimia. O álcool atua como anestésico ao mal dessas emoções negativas e como redutor de stress.
As causas são multifatoriais. Diversas causas, físicas, genéticas, psicológicas, familiares atuam produzindo esse efeito.

Entre os fatores desencadeantes estão a valorização cultural do corpo magro e a aceitação social da bebida. A mídia frequentemente divulga “celebridades” que abusam do álcool e que recebe indevida valorização, com as quais essas pessoas se identificam.